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segunda-feira, 27 de julho de 2015

O Papado


O Papado — dos primórdios ao Renascimento

por

Alderi Souza de Matos



Desde uma perspectiva protestante, o papado não é uma instituição de origem divina, mas resultou de um longo e complexo processo histórico. As Escrituras não dão apoio a essa instituição como uma ordenança de Cristo à sua igreja. É verdade que o Senhor proferiu a Pedro as bem conhecidas palavras: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). Todavia, isto está muito longe de declarar que Pedro seria o chefe universal da igreja (o primado de Pedro) e que a sua autoridade seria transmitida aos seus sucessores (sucessão apostólica). As primeiras gerações de cristãos não entenderam as palavras de Cristo dessa maneira. Tanto é que em todo o Novo Testamento não se vê noção de que Pedro tenha ocupado uma função especial de liderança na igreja primitiva. No chamado “Concílio de Jerusalém”, narrado no capítulo 15 de Atos dos Apóstolos, isso não aconteceu, e o próprio Pedro não reivindica essa posição em suas duas epístolas. Antes, ele se apresenta como apóstolo de Jesus Cristo e como um presbítero entre outros (1 Pe 1.1; 5.1).


Mais difícil ainda é estabelecer uma relação inequívoca entre Pedro e os bispos de Roma. Os historiadores não vêem uma base absolutamente segura para afirmar que Pedro tenha estado em Roma, quanto mais para admitir que ele tenha sido o primeiro bispo daquela igreja. Ademais, é um fato bem estabelecido que não houve episcopado monárquico no primeiro século. As igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros (ver At 20.17, 28; Tt 1.5, 7).

Ao mesmo tempo, não se pode deixar de reconhecer que ainda na igreja antiga os bispos de Roma alcançaram grande preeminência, que em muitas ocasiões o papado prestou serviços crucialmente relevantes à igreja e à sociedade e que muitos papas foram homens de grande piedade, integridade moral, saber teológico e habilidade administrativa. Ao longo dos séculos, muitos dos principais eventos da história da igreja nas áreas da teologia, organização eclesiástica e relações entre a igreja e a sociedade tiveram conexão com a instituição papal. Originalmente, a palavra grega papas ou a latina papa foi aplicada a altos oficiais eclesiásticos de todos os tipos, especialmente aos bispos. A partir de meados do quinto século passou a ser aplicada quase que exclusivamente aos bispos de Roma. Foram múltiplos e complexos os fatores que levaram ao reconhecimento de que esses bispos detinham autoridade suprema sobre a igreja ocidental.

Em primeiro lugar, há que se destacar a importância crescente da igreja local de Roma desde o primeiro século. O livro de Atos dos Apóstolos termina com a chegada de Paulo a Roma. O apóstolo aos gentios escreveu a principal de suas epístolas a essa igreja e no segundo século surgiu uma tradição insistente de que tanto Paulo como Pedro, os dois apóstolos mais destacados, haviam sido martirizados naquela cidade. Além disso, já numa época remota, a igreja de Roma tornou-se a maior, a mais rica e a mais respeitada de toda a cristandade ocidental. Outro fator que contribuiu para a ascendência da igreja romana e do seu líder foi a própria centralidade e importância da capital do Império Romano. Ao contrário da região oriental, em que várias igrejas (Alexandria, Jerusalém, Antioquia e Constantinopla) competiam pela supremacia em virtude de sua antigüidade e conexões apostólicas, no Ocidente a igreja de Roma, desde o início, foi praticamente a líder inconteste. Outrossim, a partir de Constantino, muitos imperadores romanos fizeram generosas concessões àquela igreja, buscaram o conselho dos seus bispos e promulgaram leis que ampliaram a autoridade deles.

Outro elemento importante é que desde cedo a igreja romana e os seus líderes reivindicaram, direta ou indiretamente, certas prerrogativas especiais. No final do primeiro século (ano 96), o bispo Clemente enviou em nome da igreja de Roma uma carta à igreja de Corinto para aconselhá-la e exortá-la quanto a alguns problemas que esta vinha enfrentando. Um século depois, o bispo Vítor (189-198) exerceu considerável influência na fixação de uma data comum para a Páscoa, algo muito importante face à centralidade da liturgia na vida da igreja. As consultas entre outros bispos e Roma também datam de uma época antiga, embora a primeira decretal oficial (carta normativa de um bispo de Roma em resposta formal à consulta de outro bispo) só tenha surgido em 385, com o papa Sirício. Por volta de 255, o bispo Estêvão utilizou a passagem de Mateus 16.18 para defender as suas idéias numa disputa com Cipriano de Cartago. E Dâmaso I (366-84) tentou oferecer uma definição formal da superioridade do bispo romano sobre todos os demais.

Essas raízes da supremacia eclesiástica romana foram alimentadas pelas atividades capazes de muitos papas. No quinto século destaca-se sobremaneira a figura de Leão I (440-61), considerado por muitos “o primeiro papa”. Leão exerceu um papel estratégico na defesa de Roma contra as invasões bárbaras e escreveu um importante documento teológico sobre a pessoa de Cristo (o Tomo), que teve influência decisiva nas resoluções do Concílio de Calcedônia (451). Além disso, ele defendeu explicitamente a autoridade papal, articulando mais plenamente o texto de Mateus 16.18 como fundamento da autoridade dos bispos de Roma como sucessores de Pedro. Seu sucessor Gelásio I (492-96) expôs a célebre teoria das duas espadas: dos dois poderes legítimos que Deus criou para governar no mundo, o poder espiritual — representado pelo papa — tinha supremacia sobre o poder secular sempre que os dois entravam em conflito.

O apogeu do papado antigo ocorreu no pontificado do notável Gregório I ou Gregório Magno (590-604), o primeiro monge a ocupar o trono papal. Sua lista de realizações é impressionante. Ele supervisionou as defesas romanas contra os ataques dos lombardos, realizou complicadas negociações com o imperador bizantino, saneou as finanças da igreja e reorganizou os limites e responsabilidades das dioceses ocidentais. Ele foi também um dedicado estudioso das Escrituras. Suas exposições bíblicas, especialmente um comentário do livro de Jó, foram muito lidas em toda a Idade Média. Seus escritos sobre os deveres dos bispos deram forte ênfase ao cuidado pastoral como uma atividade prioritária. Ele reformou a liturgia, regularizou as celebrações do calendário cristão e promoveu a música sacra (“canto gregoriano”). Finalmente, Gregório foi um grande promotor de missões, enviando missionários para vários centros estratégicos do norte e do oeste da Europa e expandindo a área de jurisdição do papado.

Um momento especialmente significativo na evolução do papado ocorreu no Natal do ano 800, quando o papa Leão III coroou Carlos Magno como sacro imperador romano. A essa altura, a complexa associação dos elementos citados (e outros mais) havia criado uma situação na qual o bispo romano era amplamente considerado o principal personagem eclesiástico do Ocidente, bem como o representante do cristianismo ocidental perante o Oriente. Algumas décadas antes, o pai de Carlos Magno havia cedido à igreja os amplos territórios do centro e norte da Itália, que vieram a constituir os estados pontifícios. Isso fez dos papas governantes seculares como os demais soberanos europeus. Por vários séculos, os papas teriam um relacionamento estreito e muitas vezes altamente conflitivo com esses soberanos. Mas a sua autoridade como líderes máximos da igreja ocidental não seria questionada.

O papado teve também seus períodos sombrios, marcados por imoralidade e corrupção. Um desses períodos foi entre o final do século IX e o início do século XI, quando a instituição papal foi controlada por poderosas famílias italianas. A história revela que um terço dos papas dessa época morreu de forma violenta: João VIII (872-882) foi espancado até a morte por seu próprio séquito; Estêvão VI (885-891) foi estrangulado; Leão V (903-904) foi assassinado por seu sucessor, Sérgio III (904-911); João X (914-928) morreu asfixiado; e Estêvão VIII (928-931) foi horrivelmente mutilado, para não citar outros fatos deploráveis. Parte desse período é tradicionalmente conhecida pelos historiadores como “pornocracia”, numa referência a certas práticas que predominavam na corte papal.

A partir de meados do século XI, surgiram vários papas reformadores, que procuraram moralizar a administração da igreja, lutando contra diversos males que a assolavam. O mais notável foi Hildebrando ou Gregório VII (1073-1085), que notabilizou-se por sua luta contra a simonia, ou seja, o comércio de cargos eclesiásticos, e ficou célebre por sua confrontação com o imperador alemão Henrique IV. Ele escolheu como lema do seu pontificado o texto de Jeremias 48.10: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente”. Todavia, o ápice do poder papal ocorreu no pontificado de Inocêncio III (1198-1216), considerado o papa mais poderoso de todos os tempos, aquele que, mais do que qualquer outro, concretizou o ideal da “cristandade”, ou seja, uma sociedade plenamente integrada sob a autoridade dos reis e especialmente dos papas. Ele foi o primeiro a usar o título “vigário de Cristo”, ou seja, o papa era não somente o representante de Pedro, mas do próprio Senhor. Seus sucessores continuaram por algum tempo a fazer ousadas reivindicações de autoridade sobre toda a sociedade, sem contudo transformá-las em realidade como o fizera Inocêncio.

Novo período de declínio e desmoralização do papado ocorreu no século XIV e início do século XV. Primeiro, os papas moraram na cidade de Avinhão, ao sul da França, por mais de setenta anos (1305-1378), colocando-se sob a influência dos reis franceses. Esse período ficou conhecido como “o cativeiro babilônico da igreja”. Em seguida, por outros quarenta anos (1378-1417), houve dois e, finalmente, três papas simultâneos (em Roma, Avinhão e Pisa), no que ficou conhecido como “o grande cisma”. Essa situação embaraçosa foi sanada por vários concílios reformadores, especialmente o de Constança, que reivindicaram autoridade igual ou mesmo superior à dos papas. Em reação, estes reafirmaram ainda mais enfaticamente a sua autoridade suprema sobre a igreja.

O final do século XV e início do XVI testemunhou o pontificado dos chamados “papas do Renascimento”, os quais, ao contrário de muitos de seus predecessores ou sucessores, tiveram escassas preocupações espirituais e pastorais. Como papa Alexandre VI (1492-1503), o espanhol Rodrigo Borja dedicou-se prioritariamente a promover as artes e a embelezar a cidade de Roma; Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro, comandando pessoalmente o seu exército; e Leão X (1513-1521) teria dito ao ser eleito: “Agora que Deus nos deu o papado, vamos desfrutá-lo”. Foi ele quem despertou a indignação do monge agostiniano Martinho Lutero ao autorizar a venda de indulgências para concluir as obras da Catedral de São Pedro. O resultado dessa indignação é conhecido de todos.




Sobre o autor: Alderi Souza de Matos, doutor em história da igreja, é historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil.
 
Fonte: Revista Ultimato.


Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com

Os Cinco Pontos Do Calvinismo


João Calvino e Os Cinco Pontos Do Calvinismo

Rev. André do Carmo Silvério

É muito comum se ouvir falar sobre “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Eu mesmo, quando me tornei aluno da classe de catecúmenos, com a finalidade de ser membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, lembro-me de ouvir por várias vezes falar sobre esse assunto. 


Contudo, meu raciocínio não era outro, senão, o de achar que o autor destes pontos era de fato o próprio reformador do século XVI: João Calvino. Mas somente no Seminário pude ter um contato mais próximo com obras literárias que falavam sobre o assunto, e, desta forma, creio ter sido esclarecido sobre o que realmente vem a ser “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. 

Portanto, o objetivo deste pequeno artigo é esclarecer de forma simples quem de fato escreveu os chamados “Cinco Pontos do Calvinismo”, por qual razão e porque eles são “cinco pontos” ao invés de sete ou dez. Além disso, procuraremos destacar a sua relevância para a nossa teologia. 


1. Autoria 
Ao contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Talvez algumas pessoas ficarão impressionadas com esta afirmação. No entanto, a magna pergunta que se faz é: Se não foi Calvino, quem foi então? “Estes cinco pontos foram formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado pelos estados Gerais (da Holanda) e composto por um grupo de 84 Teólogos e 18 representantes seculares, entre esses estavam 27 delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões, desde 13 de novembro de 16 18 até maio de 1619” . [1] Portanto, peca por ignorância quem afirma ser João Calvino o autor destes cinco pontos, porque na verdade, a afirmação correta é que estes “pontos” foram fundamentados tão somente nas doutrinas ensinadas por ele. Aliás, este sistema doutrinário, se assim podemos chamá-lo, foi elaborado somente 54 anos após a morte do grande reformador (1509-1564). 
  
2. Razão de sua Escrita 
Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento que ficou conhecido na história como ‘Remonstrance' ou o mesmo que ‘Protesto'”, [2]apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos do professor de um seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo sobrenome latino era Arminius (1560-1600). Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem”. [3] Este documento formulado pelos discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo pelos ensinos do seu mestre. Desta forma, a única razão pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius. 

3. Porque Cinco Pontos? 
Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos como “Os Cinco Pontos do Arminianismo”. E como já dissemos logo acima, em resposta a este Cinco Pontos do Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo” ao invés de sete ou dez. 
Estes pontos do calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico popular que na língua inglesa significa: 


4. Os Cinco Pontos do Arminianismo Versus Os Cinco Pontos do Calvinismo [4]





5. Considerações Finais 
Para inteirar o leitor do todo da história, Spencer nos diz que após o Sínodo de Dort se reunir em 154 Sessões num “completo exame das doutrinas de Arminius e comparar cuidadosamente seus ensinos com os ensinos das Escrituras Sagradas, chegaram à conclusão que os ensinos de Arminius eram heréticos”. [5] “E não somente isto, mas o Concílio impôs censura eclesiástica aos ‘remonstrantes' depondo-os dos seus cargos, e a autoridade civil (governo) os baniu do país por cerca de seis anos”. [6]
Diante disso, creio que a diferença crucial entre o Arminianismo e o Calvinismo se resume na palavra Soberania. Enquanto os calvinistas entendem que Deus opera a salvação na vida do ser-humano conforme a sua livre e soberana vontade, os arminianos salientam que o homem é capaz de por si só querer ou não ser salvo. Se partirmos da premissa que o homem está completamente morto diante de Deus como nos ensina Efésios 2:1, entenderemos porque a salvação depende tão somente da graça e da misericórdia do SENHOR, pois “não depende de quem quer ou quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9:16). Portanto, creio que os objetivos deste artigo foram de fato alcançados, demonstrando assim a verdadeira história dos “Cinco Pontos do Calvinismo”. Que assim, queira o Senhor nosso Deus nos abençoar e nos dar sempre a graça de sermos verdadeiros propagadores da história reformada. 




Abrindo os olhos espirituais


Abrindo os olhos espirituais “Enxergando o invisível”

Texto: II Reis 6:8 -18

Introdução:
O Texto lido nos relata que Israel vivia um dos momentos mais críticos de sua história, quando o moço do profeta Eliseu acorda pela madrugada e vê toda cidade cercada pelo inimigo, ele então se desespera e pede socorro “...Ai! Meu senhor! Que faremos?”
(II Rs 6:15b).  Foi nesse momento que através da oração do profeta Eliseu que algo sobre natural e impressionante acontece, Eliseu pede para o seu moço que ele abra o seus olhos e enxergue a vitória que o Senhor proporcionará e que Israel não seria sucumbido pelo rei da Síria.

“Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (II Rs 6:17-18).

Eliseu vinha de um milagre anterior onde o local em que eles (Eliseu e os discípulos dos profetas) estavam se tornara pequeno e havendo a necessidade de ser expandido saem à procura de madeiras para a tal ampliação do local, só que um dos discípulos dos profetas deixa cair a sua ferramenta de trabalho, ou seja, o machado que estava usando para cortar as madeiras cai sobre as águas do rio Jordão e o pior o machado era emprestado “... Ai! Meu senhor! Porque era emprestado” (II Rs 6:1-5).


Então através de Eliseu Deus opera um milagre, faz com que o pesado machado flutuasse sobre as águas do rio Jordão.

Em qual situação você se encontra hoje, como esta a sua vida, você está vivendo momentos difíceis, não consegue olhar ao redor e encontrar uma saída ou a solução para o seu problema?  Abra os teus olhos, Deus vai mostrar a você o meio e a estratégia de como sair dessa situação.

Podemos extrair algumas lições nesse texto apresentado:

1 – Havia uma crise (v.14)
O rei da Síria enviou para Dotã, lugar onde estava Eliseu, homem de Deus, cavalos, carros e tropas de soldados “Então, enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade”  (II Rs 6:14).
Um exército cercou a cidade.
Um homem cercado pelos inimigos.
Não tem sido assim em nossas vidas, muitas vezes sentimos encurralado?
Num beco sem saída?
Em meio a uma guerra?
Sentimos só, parece que Deus se esqueceu de nós.
O rei da Síria, citado aqui no texto pode ser representado com o pecado que tão de perto nos rodeia e nos embaraça “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,...” (Hb 12:1), a Bíblia nos diz para estarmos com os olhos abertos “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;”  (I Pd 5:8).
Como os pecados tem nos cercado, assim também problemas tem nos afligido, problemas familiares, emocionais, econômicos, de saúde etc.
O momento pode ser dramático ou de sobremaneira difícil, somos hoje pessoas cercadas, encurraladas sem saída.
Como Eliseu estamos cercados por todos os lados pelos inimigos que querem nos devorar.

2 – Houve o momento de desespero (v.15)
No versículo 15, “Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?” (II Rs 6:15).
Conta que o discípulo do homem de Deus se levantou muito cedo provavelmente de madrugada e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; “...então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?” (II Rs 6:15).
Passamos por muitos desesperos na jornada da vida cristã, sentimos acuados em meio às dificuldades e problemas que muitas das vezes sem que quisermos são proporciona a nós, temos vários medos e achamos que vamos perecer ou até mesmo sucumbir diante das tamanhas adversidades. Muitos na hora do desespero chegam ao ponto de tentar ceifar a sua própria vida, se escondem, tentam fugir, mudam de endereço ou até mesmo mudam de igrejas e assim vai de mal a pior, acham que fazendo isso tudo vai mudar, vai ser solucionado o problema, que engano, todos esses planos na verdade na hora do desespero é uma válvula de escape que acabam em mais frustração e mais derrotas, e quando não acabam em depressões.

Quando olhamos para alguns personagens Bíblicos que venceram e não se desesperaram, temos exemplos maravilhosos como, por exemplo:

Moisés – Deus lhe envia para tirar o Seu povo do Egito que estavam nas garras de Faraó, Deus permite que Moisés retire o Seu povo, só que ao mesmo tempo endurece o coração de faraó e este vem com os seus cavaleiros para aprisiona-los novamente, olhe que situação, o povo murmurando, o mar vermelho a frente e logo atrás os cavaleiros de faraó, que situação. Imagine se Moisés desesperasse com aquela situação ele com certeza como diz o ditado popular “morreria na praia”, mas o que Moisés fez, foi olhar para o Senhor e lhe pedir o socorro.
“Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis. Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” (Êx 14:13-15)

Davi – imaginem quando Davi foi afrontado pelos Filisteus e principalmente pelo gigante Golias, se ele tivesse olhado somente para o tamanho do problema ou do gigante e esquecido de olhar para o tamanho do seu Deus. Com certeza o povo de Israel teria perecido.
“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (I Sm 17:45).

3 – Deus sempre está presente (v.16)
“Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (II Rs 6:16).
O profeta Eliseu no momento mais crítico e difícil responde com grande confiança: "...mais são os que estão conosco...". Jesus esta conosco todos os dias. “..., porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (I Jo 4:4).
“...E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:20).

4 – Deus abre os olhos espirituais e provê o socorro (v.17)
“Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja...” (II Rs 6:17a).
Deus responde a oração do profeta Eliseu “...O SENHOR abriu os olhos do moço,...” (II Rs 6:17b).
Quantos estão presos como um pássaro em uma gaiola e não consegue ver que a porta está aberta. É necessário que o Senhor abra os nossos olhos. Só estamos vendo os problemas, infelizmente estamos com os olhos fechados, e não temos visto os milagres que o Deus das impossibilidades pode realizar por nós.

“Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1:37).
O monte estava cheio de cavalos e carros, um grande exercito de inimigos “...eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade;...” (II Rs 6:15). No meio das adversidades ali estava Deus com carros e cavalos de fogo para garantir a vitória de seu filho “...e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (II Rs 6:17c). Não pense que você está sozinho nesta luta, Jesus esta com contigo pra ti ajudar e socorrer. Deus quer nos acudir, quer nos socorrer, quer suprir as nossas  necessidades. Ele é poderoso para fazê-lo. Hoje Deus pode enviar suas carruagens de fogo para nos atender, não podemos nos esquecer de que há um grande exercito a nossa volta.
“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34:7).
“Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb 1:14).

5 – Vencemos o mal através do bem (v.18)
O exército dos inimigos desceu para a peleja, para o ataque, para a batalha. Porém o homem de Deus orou e os olhos dos soldados Sírios ficaram cegos. Quando oramos ao Senhor, o mal não prevalece, não avança, pois nenhuma arma forjada contra nós prosperará.
“Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim procede, diz o SENHOR” (Is 54:17).
Deus nos dará sempre a vitória sobre os nossos inimigos, quando agimos conforme a Sua palavra, vencendo o mal com o bem.
“Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber,porque assim amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e o SENHOR te retribuirá”. (Pv 25:21-22)
“...se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12:20-21).

Assim fez o rei de Israel com os seus inimigos:
“Ofereceu-lhes o rei grande banquete, e comeram e beberam; despediu-os, e foram para seu senhor; e da parte da Síria não houve mais investidas na terra de Israel” (II Rs 6:23).

Conclusão:
O Senhor quer abrir os seus olhos, Ele quer operar nesta situação que você se encontra hoje, é um problema financeiro, familiar ou uma enfermidade.
Qual o vale que você se encontra hoje?
O Senhor quer abrir os seus olhos e com certeza você vai poder enxergar o Seu agir sobrenatural em sua vida.
Tudo pode ser tornar diferente a partir de hoje, se você conseguir abrir os seus olhos e começar a enxergar o mundo espiritual.
Onde está o rei da Síria?
Onde estão os soldados?
Onde estão os inimigos?
O que você está enxergando?
O Senhor quer mudar a sua visão, neste problema, nesta ameaça, nesta luta, nesta dificuldade.
Se hoje você deixar o Senhor abrir os seus olhos, você ira sair daqui como um vitorioso (a), você vai sair daqui com cabeça erguida, você vai sair confiante, pois O senhor está comigo, no que temerei “...Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31).
Apenas uma oração que o homem de Deus fez e que foi o suficiente para mudar a opinião daquele moço.
A intervenção do Senhor muda a nossa visão, muda a maneira de como enxergamos os problemas, Deus não retirou o moço daquela situação, o discípulo de Eliseu continuou no mesmo lugar, ele simplesmente começou a enxergar o mundo espiritual, o Senhor mudou a sua história.
Meus queridos amigos, o rei da Síria foi vencido pelos exércitos de Deus, satanás já está derrotado, Jesus o venceu na Cruz para que você como filho de Deus seja um grande vencedor e herdeiro de todas as Suas promessas.  
Abra os seus olhos e comece enxergar as bênçãos que o Senhor tem proporcionado a você, a sua família e os seus negócios.

Pr. Adão Carvalho
Pastor Auxiliar da Igreja Evangélica Presbiteriana Ebenézer – Americana/SP
www.iepeamericana.com.br

Extraído de: http://www.materiasdeteologia.com

sábado, 18 de julho de 2015

O DEVER BÍBLICO DE JULGAR


Por

Alexandre Amin

Introdução

O fraco e falho argumento de que cristãos não devem julgar já ultrapassou o clichê. Dito por aqueles que, na maioria das vezes, não dedicaram tempo algum para fundamentar esta opinião. Na verdade, pensar em pessoas que não dedicam tempo para fundamentar suas opiniões é um pleonasmo neste século e neste país. O que mais vemos são argumentos sem embasamento, crendices tolas fundamentadas no vácuo. Parece que a tecnologia progride na mesma velocidade da regressão mental da população.  Mas não vamos julgar!rs rs rs.

A falácia do partido dos tolerantes não é apenas vã na perspectiva bíblica, pois para onde caminharia uma sociedade que aceita tudo? Onde estaria o povo que não exerce sua capacidade crítica? O que seria da justiça se a relativização moral fosse levada ao pé da letra? Deveriam, então, ser extintos os tribunais e soltos os criminosos?

Não julgueis?

Mas vamos ao que interessa, a perspectiva bíblica. O texto de Mateus 7:1ss é, sem dúvida, o mais citado contra a atitude de julgar. “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados” (v.1-2). Mas o que poucos percebem é que neste texto Jesus está exortando contra um qualidade específica de julgamento, o hipócrita. Veja que no versículo 3 ele se refere a “argueiro” (cisco) e “trave” (viga de madeira); a intenção aqui é mostrar que o julgador pratica o mesmo pecado que aquele a quem ele está julgando, mas em uma intensidade superior. Ambos estão em pecado, e pecados da mesma natureza. Exemplificando, como poderia um homem que está traindo sexualmente sua esposa julgar arrogantemente um adolescente que tem lutado com seu olhar para com as meninas? (E por favor, não diga que para Deus não existe “pecadinho”nem “pecadão”, pois este argumento não cabe aqui. O sangue de Cristo justifica todos os pecados de quem se arrepende, não importa o grau; mas perante a Lei de Deus os pecados são diferenciados, tanto que as consequências destes são diferentes). Continuando no versículo 5, Jesus diz: “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Percebe? Depois de tratado o pecado, podemos, e devemos, olhar para o cisco do olho de nosso irmão, mas com a intenção sincera de retirá-lo; e isso significa ajudá-lo a vencer o pecado que, graças a atuação do Espírito Santo, nós temos vencido.

Atirar a primeira pedra!

Outro texto comumente citado é o da mulher adúltera: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra. [...] Ninguém te condenou? [...] Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo 8:7,10,11). O que seriam as pedras? Julgamento ou condenação? A diferença aqui é clara; Jesus mesmo julgou a mulher quando disse “não peques mais”. Para Cristo, o pecado da mulher estava claro, e este pôde ser percebido por muitos outros, que estavam certos em julgá-la. A questão é que os acusadores tinham passado do julgamento para a condenação, e é contra isto a que Jesus se opõe. Condenar um pecador não cabe a nós, exceto em raras ocasiões de disciplina eclesiástica, como o apóstolo Paulo orienta aos coríntios (1 Co 5:3-5).

O dever de julgar

Mesmo interpretando estes textos complicados à luz do contexto histórico, muitos ainda continuam defendendo a postura tolerante. O problema é que não apenas estes textos não falam contra julgar, como há outros textos que nos orientam a fazê-lo.

No livro de Levítico, Moisés orientou o povo a que expusesse o pecado alheio, para que o mesmo fosse julgado corretamente; quem não o fizesse seria tido como cúmplice de tal pecado. “Quando alguém pecar nisto: tendo ouvido a voz da imprecação, sendo testemunha de um fato, por ter visto ou sabido e, contudo, não o revelar, levará a sua iniquidade” (Lv 5:1).

Julgar também envolve sabedoria, tanto que o rei Salomão ao pedir sabedoria a Deus, também pede: “Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?” (1 Rs 3:9).

Como já citado anteriormente, Paulo exortou a igreja de Corinto a julgar os que estavam vivendo em impureza, e expulsá-los do meio dos crentes; “Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” (1 Co 5:13). Ainda na mesma carta, diz: “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo” (1 Co 10:15). Aos tessalonicenses: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1 Ts 5:21). Aos de Éfeso: “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5:11). E uma das frases mais duras do apóstolo: “Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema [maldito]” (Gl 1:9).

Jesus também abordou este assunto, quando disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7:15). E no Evangelho de João: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” (Jo 7:24).

Também é interessante notar que o povo da cidade de Bereia foi elogiado por Lucas como sendo nobres, por julgarem o que tinham ouvido de Paulo e Silas; e tendo examinado, creram, recebendo o Evangelho. “Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (At 17:11).

Creio que depois de citar estes textos, cabe agora um esclarecimento mais sistemático sobre o que julgar. Segundo o Rev. Doug Kuiper, devemos (1) julgar práticas e ensinos, se estão de acordo com a Palavra de Deus; (2) julgar o pecado como sendo pecado; (3) julgar nossos próprios pecados, para não cair em hipocrisia, e estar sempre de acordo com a reta justiça. E ainda acrescento um último ponto: (4) julgar em amor.

O perigo de não julgar

O discurso de não julgar esconde muitos perigos. Creio que o principal se manifesta na seguinte frase: “Como podemos julgar, se não somos os donos da verdade?”. Não sei se você percebe a contradição de um cristão fazer uso de tal discurso. A grande burrice desta frase é que se não podemos saber a verdade, como sabemos que Cristo é a verdade? Se fomos deixados à mercê de qualquer certeza, como podemos crer na remissão dos pecados, no retorno glorioso de Cristo, na vida eterna?

A Palavra de Deus é a verdade, e por meio dela podemos sim conhecer a verdade. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3:13). E quanto às palavras de Cristo: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17:17); “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida: ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6); “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Ainda há outro texto impressionante a respeito da verdade: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5:20).

Utilizo-me mais uma vez da proposta de Kuiper, quando ele diz que a visão da tolerância é perigosa, ímpia e anti-bíblica. (1) Perigosa, pois leva à acomodação adicional da igreja com o mundo, em violação ao seu chamado (Rm 12:2). (2) Ímpia pelo fato de rejeitar Jeová como o Deus cuja Palavra é o padrão para a vida e doutrina. (3) Anti-bíblica, pois a Bíblia ensina sim que podemos, e devemos julgar.

Conclusão

Precisamos, como cristãos maduros, e não como crianças espirituais, ter nossa fé muito bem fundamentada, e entender que podemos sim ter certeza a respeito das verdades espirituais; não podemos entender tudo de forma exaustiva, por conta da limitação da nossa mente, mas Deus nos dá o entendimento de tudo o que é necessário para a nossa salvação, para a vida diária da igreja, para a correção, instrução na justiça e para a preservação do Evangelho de Cristo.

Não posso terminar sem deixar de enfatizar que julgar precisa ser em amor! O livro de 1 João deixa isto muito bem claro, quem odeia o seu irmão prova que o amor de Deus não está em si, pois Deus é amor. Amar e julgar não são atitudes antagônicas, mas arrogância e vanglória são opostos ao amor cristão.

“E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus” (Fp 1:9-11).

Fonte:http://diarioreformado.com/

QUEIMAVA E NÃO SE CONSUMIA


Por

Alexandre Amin

A sarça ardente tem sido o símbolo popular entre as igrejas reformadas ao redor do mundo.
Os huguenotes franceses em 1583 foram os primeiros a usá-la como símbolo, juntamente com o moto “flagror non consumor”.
Mas foi na Escócia que o símbolo ganhou maior visibilidade, quando usado em 1691, depois das intensas disputas entre a monarquia e os aliancistas, juntamente com o moto latim “nec tamen consumebatur” – “queimava e não se consumia”.

Este dizer é uma referência ao episódio relatado no livro de Êxodo, no capítulo 3, quando Moisés encontrou uma sarça (arbusto, espinheiro) que ardia em chamas, mas que não era consumida pelo fogo. O Anjo do Senhor apareceu nas chamas de fogo, no meio da sarça. Em primeiro lugar, asseverou sobre a santidade do lugar em que Moisés estava, pois estava na presença de Deus. Em segundo lugar, revelou sua identidade: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (v. 6); Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus. Em terceiro lugar, o Senhor revelou o propósito deste encontro inesperado, a libertação do seu povo, que estava sendo afligido por séculos no Egito e clamava a Deus por causa deste sofrimento.

É sugerido que os grupos reformados passaram a utilizar a sarça ardente como emblema, numa referência às grandes lutas que a Igreja passava a fim de resgatar os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos. No séc. XVI, João Calvino entendeu o relato da sarça ardente como uma representação do povo de Deus, da Igreja que sofre em qualquer era ou lugar, mas sob a qual nem mesmo os portões do inferno podem prevalecer.

Em seu comentário aos livros de Moisés, Calvino escreveu: “A sarça é como as pessoas humildes e desprezadas; a opressão tirânica delas não é diferente do fogo que as teria consumido, se Deus não tivesse miraculosamente se interposto. Assim, pela presença de Deus, a sarça escapou segura do fogo; como é dito no Salmo 46, que embora as ondas de problemas batam contra a Igreja e ameacem a sua destruição, ‘não será abalada’, pois ‘Deus nela está’. Embora as pessoas cruelmente afligidas estejam apropriadamente representadas, aquelas que, apesar de cercadas pelas chamas e sentindo o seu ardor, permanecerem sem consumir-se, é porque foram guardadas pelo presente auxílio de Deus” (John Calvin, p. 62).

Entretanto, o fogo também é o sinal da presença de Deus, que é fogo consumidor (Hb 12.29). O milagre aponta para outro milagre ainda maior: Deus, por sua graça, está com o povo da sua aliança, de forma que eles não são consumidos.

Assim como na época da Reforma e em tantos outros momentos da História, no presente momento a Igreja enfrenta desafios complexos. De um lado, os militantes do Neo-ateísmo com suas críticas materialistas ácidas e os profetas do subjetivismo; do outro lado, as loucuras dos evangélicos, a teologia da prosperidade, o cristianismo emocional e pragmático sem Cristo e a Cruz; sem falar da teologia liberal, e das milhares de outras tendências filosóficas com cheiro de superioridade.

Tudo isso nos faria desesperar e desacreditar do futuro da Igreja. No entanto, quem sustenta a Igreja é Cristo, o verbo divino, pelo qual tudo veio a existir (Jo 1:10). Ele mesmo afirmou que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16:18). Portanto, estamos seguros naquele que é o cabeça da Igreja. O símbolo da sarça continua sendo usado para nos lembrar que mesmo em meio às maiores aflições e dificuldades, a Igreja permanecerá de pé, pela graça de Deus, aguardando o retorno do seu Senhor.

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” – Mateus 16:18.

                                                                                     Emblema da Igreja da Escócia.

                                                                         Emblema da Igreja Presbiteriana do Brasil.

                                                        Emblema do Seminário José Manoel da Conceição.


Fonte:http://diarioreformado.com/

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Marcas de uma Igreja doente


por

 Luiz Fernando

Depois de mais de dois mil anos de cristianismo. Depois de tantos concílios universais da igreja. Depois de tantos milhares de livros escritos sobre toda a teologia, esbarramos no sec. XXI com uma igreja doente. Deveria estar sadia, viçosa e madura, mas se encontra raquítica, doente e vem perdendo sua força a cada geração.

Sua importância é questionada e seu valor posto à prova. Igreja por natureza é um corpo vivo, atuante e transformador. Seus membros devem crescer pela Palavra e testemunho. A igreja deve marcar mais pelo contraste do que pela semelhança. Mas em nossos dias ela vem se igualando ao mundo e oferecendo exatamente o que o mundo já tem e não satisfaz. Gostaria de analisar algumas marcas que apontam para uma igreja doente.

1 - Gigantismo em Lugar de Crescimento

Hoje o padrão para se avaliar a benção sobre uma comunidade é o número de frequentadores. Não importa se são salvos ou não, mas se está cheio. Tomando este padrão como norma para as épocas da igreja, veremos que o próprio fundador da igreja foi um fracasso, pois, deixou somente 120 discípulos e estes medrosos. Se tomarmos este padrão para o mundo árabe, veremos que os missionários que trabalham por lá a mais de vinte anos são fracassados, pois, suas congregações são compostas por pouquíssimos convertidos nativos. Não sou contra congregações grandes, sou contra a despersonalização que elas geram. Os membros deixam de ser ovelhas e tornam-se estatísticas.

Tem sites de igrejas que mostram, como se fosse um troféu, o número de membros arrolados com dizeres mais ou menos assim: “hoje já somos tantos milhares...”. Com isso querem mostrar que o Senhor é mais bondoso com eles que com as demais congregações? Esse gigantismo é uma distorção gritante do que a Palavra diz. A Palavra diz que a igreja é um corpo ajustado com cada parte ajudando as demais no exercício de suas funções. Os dons são distribuídos visando o crescimento do corpo. Mas a antítese do gigantismo vivido atualmente é a inanição dos membros. Estes não crescem na proporção do número de membros. São crianças espirituais e crianças não trabalham, dão trabalho. Abraçam qualquer ensinamento de forma acrítica e vivem de onda em onda. A igreja está doente porque aceita ser medida pelos padrões de desempenho empresarias, mundanos que pelos padrões de Deus. Está doente porque confundiu gigantismo com crescimento.

2 - Muito Dinheiro Investido em Prédios e Pouco em Missões

Se fizéssemos uma análise do valor patrimonial das 20 maiores igrejas nos pais ficaríamos estarrecidos com quantos milhões de Reais estão invertidos em templos suntuosos. Cada vez mais as igrejas buscam prédios maiores com o argumento que precisam de maiores espaços para acolher seus membros. Esquece-se que cada novo templo, por maior que seja já nascerá pequeno, pois, o crescimento natural da congregação inviabilizará qualquer empreendimento imobiliário. Alguns líderes afirmam que possuem um patrimônio de tantos milhões de dólares, como se fossem deles tais igrejas. Outro dia ouvia um sermão de um apóstolo, dos mais insanos possíveis, no qual dizia que havia construído uma igreja de R$ 35.000.000,00 no meio de uma floresta tropical. Ele se gabava do fato de ter nascido no nordeste e agora estar onde está. Paulo pensava o contrário quando disse: “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. I Cor. 15:10. Paulo sempre apontava para a graça de Deus. Nunca achou que nele havia algum bem ou valor, mas sempre a graça. Ele foi enfático neste versículo quando disse: “todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo”. Paulo sofria e lutava para que Cristo fosse formado em seus ouvintes. “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”. Gal. 4:19. Quando investimos em pessoas os ministérios acontecem, os dons de ajuda mútua emergem e a obra expande.

A igreja está doente porque olha para dentro de si mesma enxergando somente suas necessidades e esquece-se de olhar para a seara que está branca e pronta para ceifa. Vejo os relatórios da convenção da qual faço parte e fico estarrecido com os valores aplicados em missões. Acredito que o executivo regional desta convenção deva ganhar um pouco menos do que o total investido em missões no estado. Não sou contra remunerar bem pessoas que se esforçam para o crescimento do Reino. Mas a necessidade de um não pode ser mais significativa que todo um estado. O erro está em investirmos pouco, muito pouco em missões. Nunca soube de um alvo missionário para envio de 100 missionários para missões em um ano específico. Sempre os alvos são financeiros e estes, salvo engano, nunca são alcançados, porque a igreja não tem consciência missionária. A igreja está doente porque acredita que possuindo prédios gigantescos estará influenciando o mundo e mesmo o salvando. A igreja está doente porque já não mais chora pelos perdidos e seus destinos, mas se alegra com um capitalismo travestido de espiritualidade. A Igreja está doente porque perdeu seu grande alvo, o mesmo de Cristo, buscar e salvar o perdido.

3 - O Pragmatismo é Mais Importante Que a Palavra

Fomos assaltados pelo pragmatismo. Se funciona deve ser de Deus. Não perguntamos se está de acordo com a Palavra. Deu resultado esqueça o resto. Um pregador pela televisão disse que não estava pedindo dinheiro naquele mês, em seus programas, porque muitos haviam ofertado para seu ministério depois que um profeta havia prometido uma unção financeira ilimitada por R$ 900,00. Deve ter entrado muito dinheiro mesmo depois de tal profecia para que tal pregador jogasse no lixo a razão, a consciência e a Palavra. Isso é pragmatismo ao extremo. Parece-me que para tais pessoas os meios justificam os fins. Nem tudo que funciona vem de Deus. Nem tudo que dá certo tem apoio na Palavra. Temos um exemplo dramático no Antigo Testamento. Israel quando saiu do Egito não se dispersou no deserto porque adorou o bezerro de ouro. Um fim foi alcançado, a não dispersão, mas ao preço de sacrificar a comunhão com Deus. O pragmatismo sacrifica a Palavra no altar do erro e do oportunismo.

A igreja está doente porque aceita os resultados sem prová-los pela Palavra. A igreja está doente porque a Palavra foi preterida como regra de fé e prática.

4 - Emoção Sim, Razão Não

Os cristãos modernos são chorosos, gritadores, histéricos menos racionais. Os pastores, não em sua totalidade, incentivam a irracionalidade e a emoção extrema como forma de espiritualidade. Acham que se o povo gritar e pular é porque o Espírito Santo está agindo. Não me entendam mal. Creio que a presença de Deus pode mexer com todo nosso ser e podemos ter reações não convencionais, como aconteceu na época de Jonathan Edwards (1737). Mas somente emoção destituída de razão é um absurdo. John Mackay disse: “Ação sem reflexão á paralisia da razão”.

Hoje em muitas igrejas existe a mania ou tendência de dar um brado de vitoria. O povo grita até ficar rouco. Isso é catarse pura, mas confundem sair desses cultos aliviados com sair dali abençoados. Paulo nos encoraja a praticarmos um culto racional (Rm. 12:1). Paulo nos encoraja a buscamos a sabedoria e o conhecimento para aprovarmos as obras de Deus.

A igreja está doente porque exalta a emoção e esquece-se da razão. Está doente porque o arrepio vale mais que a Palavra que em tudo pode nos tornar aptos para salvação.

5 - O Evangelho da Cruz Foi Sacrificado no Altar de Mamon

Não é preciso ser experto em economia e finanças para identificar a crise que vive a igreja. Numa nação onde a justiça social é pouco praticada, a renda está concentrada nas mãos de poucos, o abismo entre ricos e pobres aumenta assustadoramente e os efeitos desastrosos de uma política neoliberal se fazem sentir, nada mais seduz as pessoas do que a oferta de dinheiro fácil, haja vista, o alto grau de endividamento dos aposentados após o governo federal permitir um comprometimento de suas rendas em empréstimos junto a bancos. O lucro dos bancos têm sido astronômicos. O povo endividado até o pescoço e os banqueiros colhendo os maiores resultados das últimas décadas. Neste contexto o que mais cresce no Brasil são casas lotéricas, bingos, jogos eletrônicos proibidos e igrejas. Atraem os pobres com promessas de enriquecimento rápido. As loterias e congêneres pela facilidade de aposta e as igrejas com a doentia teologia da prosperidade ou da vitória financeira.

Estamos promovendo a maior desevangelização do Brasil. Estamos perdendo um momento precioso de anunciarmos o evangelho da cruz que gera arrependimento, fé e o novo nascimento. Em muitos lugares o evangelho da cruz foi substituído pelo evangelho da prosperidade que gera ganância, barganha, materialismo e grandes desapontamentos. Sabemos que a maioria nunca chegará a gozar das falsas bênçãos apregoadas por pregadores gananciosos, materialistas e desumanos. Está emergindo toda uma geração de cristãos decepcionados com o evangelho de Cristo. Pessoas que no médio e longo prazo nada farão pelo Reino de Deus, porque estão tentando absorver ou conviver com as frustrações que tiveram nas igrejas que pregam tais distorções.

Há bem pouco tempo acusávamos os católicos romanos de idólatras porque adoravam outros deuses ou santos. Mas deparo-me com a idolatria no meio evangélico. Não adoramos santos nem deuses, estamos adorando Mamon.

A igreja está doente porque oferece os benefícios da cruz sem a cruz. A igreja está doente porque aponta para este mundo como um fim em si mesmo. A igreja está doente porque se esqueceu de dizer ao homem que somos peregrinos em um mundo hostil a Cristo e seu evangelho.

6 - Teologia e Clareza Doutrinária Não, Revelações Sim

Hoje em dia para tudo há uma nova unção. Unção de nobreza de Salomão por R$ 10.000,00, unção de Abraão por ter agarrado a camisa de um profeta judeu norte-americano, unção de Ester, unção do Leão de Judá, unção de Davi, unção apostólica e por ai vai. Nunca vi tanto besteirol no meio cristão. O pior é as pessoas acreditarem que isso é verdade. Sacrificam suas competências mentais em nome de uma espiritualidade doentia e insana. Visões, palavras proféticas, atos proféticos tudo isso mostrando o vazio interior de líderes confusos e desequilibrados. Os cristãos acham que qualquer pessoa que fala em nome de Deus ou se diz pastor merece crédito.

Estamos vivendo um momento onde milhares de pastores autocomissionados e mesmo consagrados a rodo falam em nome de Deus. Como não possuem formação teológica sadia ou mesmo compraram seus diplomas teológicos de pessoas desqualificadas e desonestas, falam sobre revelações, visões que nunca tiveram usando a Bíblia como um manual manipulável e manipulador de massas. As massas evangélicas foram cooptadas por certo triunfalismo, certo utilitarismo e mesmo hedonismo, onde o que vale mais é a sensação prazerosa e imediata. Tem mais valor a estética do que a ética, o sentir e não o pensar e a quantidade e não a qualidade.

A igreja está doente porque as novas revelações são mais importantes que A Revelação da Palavra.

A igreja está doente porque os sentimentos são mais valorizados que o pensar consistente.

A igreja está doente porque relativizou a Palavra de Deus. Está doente porque não possue mais valores absolutos.

Mas ainda resta muita esperança porque o Soberano Senhor está no controle de tudo. Ainda resta esperança porque existem homens e mulheres de Deus que pagam um preço pela sanidade, integridade e não se curvam, nem se embriagam com estas posturas alucinadoras. Existem servos de Deus que não se venderam, nem pagaram por bênçãos e nem relativizaram os fundamentos da fé e de uma vida cristã integral.

Ainda há esperança para igreja, eu creio nisso.

Soli Deo Gloria.

Fonte: http://www.internautascristaos.com/

Pluralismo Religioso: Todos caminhos levam a Deus?


por

João R. Weronka

A afirmação a seguir é quase uma unanimidade em círculos sociais: “Política, futebol e religião não se discute”. Vamos nos ater apenas a questão da religião. Baseado nesta falsa premissa não devemos debater sobre assuntos religiosos. Aqueles que levantam essa bandeira bradam, na mesma voz, que todos os caminhos levam a Deus (ou ao paraíso, ou à salvação). Será?

Ao analisar as crenças de alguns grupos religiosos, principalmente quando observamos o que estes grupos afirmam sobre questões básicas da fé cristã, no que diz respeito a quem é Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo, o homem, a Bíblia, a igreja, a salvação e o pecado, podemos constatar que não existe concordância, que não se fala a mesma língua. Vejamos, de modo bem resumido, três exemplos de credos muito distintos:

Mormonismo (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias): Deus é um homem evoluído; Jesus é irmão de Lúcifer; o homem poderá evoluir até se tornar um deus; o Livro de Mórmon, Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Convênios compõem um complemento da Bíblia e são a base doutrinária do Mormonismo; a salvação só poder ser encontrada no Mormonismo.

Budismo: Nega que Deus (ou deuses – já que não enxerga Deus como o Cristianismo bíblico) possa interagir com o homem, ou seja, é uma divindade impessoal, chegando ao ponto de negar a existência de um ser divino; a realidade não passa de uma grande ilusão; a vida do homem é apenas sofrimento, ou seja, viver é sofrer; “salvação” é tão somente se libertar dos ciclos de reencarnação (ao atingir o Nirvana).

Kardecismo (Espiritismo de Mesa Branca / Espiritismo Científico): Jesus foi um espírito puro, um médium. O Espírito Santo (o Consolador prometido por Jesus em João 16.7) é a própria doutrina codificada por Allan Kardec, ou seja, o Espiritismo é o Consolador; fora da caridade não há salvação (evolução, fim das reencarnações, estágio de pureza de espírito); a Bíblia não é a Palavra de Deus e a reencarnação é o meio pelo qual Deus aplica Sua justiça.

A lista é muito longa, poderíamos falar muito sobre a diversidade de credos, mas os exemplos acima atestam que não há concordância geral com relação aos credos. Como pode então existir aqueles que defendem que todos os caminhos levam a Deus?

Pluralismo Religioso

Pluralismo Religioso é diferente de diversidade ou variedade religiosa. Diversidade/variedade é o fato de que existe uma gama imensa de credos, que até certo ponto produzem benefícios aos indivíduos e a sociedade, e isso é um fato inegável. Ao falar em Pluralismo Religioso designamos a filosofia que afirma que todas as religiões são iguais, boas, com os mesmos fins e que na essência possuem o mesmo sistema de crenças, levando por conseqüência ao mesmo fim. Mas atenção! Não estou dizendo que mórmons, budistas e kardecistas são pluralistas. A pessoa que aceita o pluralismo religioso não é necessariamente praticante de uma religião, mas sim de uma filosofia religiosa.

Para que possamos entender melhor o conceito do pluralismo religioso, precisamos distinguir alguns termos relacionados a tal estudo [1]:

● O Pluralismo Religioso é a crença de que toda religião é verdadeira. Cada uma proporciona um encontro genuíno com o Supremo. Uma pode ser melhor que a outra, mas todas são adequadas.

● O Relativismo afirma que não há critérios pelos quais se possa saber qual religião é verdadeira ou melhor. Não há verdade objetiva na religião, e cada religião é verdadeira para quem acredita nela.

● O Inclusivismo afirma que uma religião é explicitamente verdadeira, enquanto todas as outras são implicitamente verdadeiras.

● O Exclusivismo é a crença de que apenas uma religião é verdadeira, e as outras que se opõem a ela são falsas.

Concordo em todos os sentidos com David K. Clark que define o mundo das religiões como um verdadeiro supermercado onde superabundam produtos atraentes [2]. Neste mercado as pessoas têm consumido aquilo que lhes aprazem, sem se dar o trabalho de entender que não é possível que todos os credos de A a Z (ou do Agnosticismo ao Zen) possam levar ao mesmo fim. Respeitamos sim a variedade religiosa bem como a liberdade religiosa, respeitamos as crenças das pessoas, mas respeito e concordância não significam a mesma coisa. Desta forma discordamos totalmente da cosmovisão pluralista.

Aqueles que defendem a filosofia do Pluralismo Religioso acham que qualquer produto do mercado da fé pode atender as necessidades humanas, por isso tudo é bom e de valor. A questão da utilidade destes produtos vem à tona. Não há uma busca e um exame pelo verdadeiro, mas sim pelo útil. Por exemplo, uma pessoa que possua sua própria religião (um budista), se dirige ao Kardecismo para buscar a comunicação com entes queridos já falecidos. Este simpatizante do Karcecismo abraça-o buscando tão somente a utilidade que o Kardecismo apregoa, mesmo sendo budista.

Logo, os pluralistas religiosos são caçadores de benefícios, e não se importam se os benefícios que buscam se tornem como vendas em seus olhos.

Na contramão desta filosofia está o Exclusivismo Religioso. O Cristianismo é exclusivista. Por maior que seja o grito dos pluralistas, Jesus Cristo, o Filho de Deus disse que é o caminho, a verdade e a vida (João 14.6).

Nosso objetivo como propagadores do Evangelho é levar ao mundo perdido o Salvador, Jesus! Por isso e para isso estamos dispostos a remover a venda que está nos olhos dos pluralistas, fazendo esta obra de apologética não com ódio, mas sim com o amor Daquele que nos amou primeiro.

No próximo degrau vamos tratar de uma polêmica que envolve o exclusivismo cristão: é ofensivo afirmar que Jesus é o único caminho?

Conto contigo!

Toda honra e glória ao Senhor.

Notas:

[1] GEISLER, Norman L. Enciclopédia de apologética. Editora Vida. São Paulo, SP: 2002. p.701

[2] CLARK, David K. in BECKWITH, Francis J. & CRAIG, William Lane & MORELAND, J.P. Ensaios apologéticos: um estudo para uma cosmovisão cristã. Hagnos. São Paulo, SP: 2006. p.347

Fonte:http://www.internautascristaos.com/

O Reino de Cristo


por

Tiago Knox

Este breve estudo trata a respeito do Reino de Cristo, analisando o texto do capítulo 20 do livro do Apocalipse, e relacionando-o com toda a revelação bíblica, especialmente os dois eventos que o definem: a primeira e a segunda vinda de Jesus. O Reino, simbolicamente chamado de milênio por causa de sua extensão e abrangência, fica compreendido entre estas duas datas.

Cristo começa a reinar em Sua primeira vinda, com Seu nascimento virginal, Seu ministério terreno, Sua morte, ressurreição, ascensão e com o derramamento do Espírito Santo sobre a Sua Igreja; e Seu Reino extende-se até Sua segunda vinda, com Seu retorno glorioso e o julgamento final de anjos e homens, quando então entrega o Reino ao Pai.

A tribulação inicia logo no início do Reino, e vai se tornando cada vez mais intensa, até chegar o momento conhecido como Grande Tribulação, um breve período tenebroso que antecede a Segunda Vinda, no qual o julgamento de Deus contra os homens e a perseguição contra a Igreja alcança os níveis mais elevados.

Veremos que Jesus venceu a morte na cruz, derrotou estrategicamente o diabo e conquistou a salvação dos eleitos. Todo poder Lhe foi dado no céu e na terra, e Ele reina sobre a Igreja e através da Igreja, a qual é Seu corpo, do qual Ele é o cabeça. Descobriremos que este Reino é o cumprimento das promessas feitas a Abraão e Davi, um reino espiritual, do qual fazem parte todos aqueles que participam da primeira ressurreição, isto é, aqueles que são regenerados pelo Espírito Santo e justificados pela fé no sacrifício vicário de Jesus.

A seguir, ao analisarmos os textos referentes à segunda Vinda, veremos que o Último Dia será um evento único, no qual Cristo retornará em glória, ressuscitará os homens, julgará o mundo, transformará os justos, condenará os ímpios, consumirá a terra com fogo, e estabelecerá o Reino Eterno no novo céu e na nova terra.

Leia o capítulo 20 de Apocalipse, veja o gráfico abaixo e acompanhe os versículos seguintes:

Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos. Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos. Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
(Apocalipse 20:1-15)


 O Reino de Cristo

EVENTOS RELACIONADOS À 1ª VINDA DE CRISTO


O REINO CHEGOU

E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.
(Marcos 1:14-15 RC)

Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios. Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa.
(Mateus 12:24-29 RA)

O PRÍNCIPE DESTE MUNDO FOI EXPULSO

Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.
(João 12:31,32 RA)

JESUS RECEBEU TODA AUTORIDADE E A CONCEDE AOS SEUS

Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
(Mateus 28:18-20 RA)

O REINO NÃO É APARENTE

E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós.
(Lucas 17:20-21 RC)

O REINO NÃO É DESTE MUNDO

Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui.
(Jo 18:36 RA)

A IGREJA É O REINO DE CRISTO

Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.
(1 Pedro 2:9 NTLH)

OS ELEITOS FORAM TRANSPORTADOS PARA ESSE REINO

Ele nos resgatou do poder das trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado.
(Colossenses 1:13 TB)

SATANÁS FOI ESTRATEGICAMENTE DERROTADO

E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum.
(Lucas 10:17-19 RC)

CRISTO APRISIONOU O DIABO

Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.
(Efésios 4:8 RA)

CRISTO DESTRUIU O DIABO

Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.
(Hebreus 12:14-15 RA)

A VITÓRIA DE CRISTO FOI NA CRUZ

Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.
(Colossenses 2:10-15 RA)

CRISTO REINA NA IGREJA, E ATRAVÉS DA IGREJA

Esse poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial. Cristo reina sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes. Ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste mundo e no mundo que há de vir. Deus colocou todas as coisas debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo. A Igreja é o corpo de Cristo; ela completa Cristo, o qual completa todas as coisas em todos os lugares.
(Ef 1:19b-23 NTLH)

A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.
(Ef 3:8-12 RC)

OS ELEITOS FORAM RESSUSCITADOS (1ª RESSURREIÇÃO)

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
(Efésios 2:1-7 RA)

O REINO DE CRISTO É O CUMPRIMENTO REAL DAS PROMESSAS FEITAS A DAVI E A ABRAÃO

Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.
(Lucas 1:30-33 RA)

No dia seguinte, ouvindo uma grande multidão que viera à festa que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor! E achou Jesus um jumentinho e assentou-se sobre ele, como está escrito: Não temas, ó filha de Sião! Eis que o teu Rei vem assentado sobre o filho de uma jumenta. Os seus discípulos, porém, não entenderam isso no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então, se lembraram de que isso estava escrito dele e que isso lhe fizeram.
(João 12:12-16 RC)

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
(Gálatas 3:16 RA)

CRISTO FOI GLORIFICADO E ENVIOU SEU ESPÍRITO SANTO

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.
(João 7:38-39 RA)

Sendo, pois, ele profeta e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
(Atos 2:30-36 RC)

Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
(Atos 2:14-21 RA)


EVENTOS RELACIONADOS À 2ª VINDA DE CRISTO


A RESSURREIÇÃO FÍSICA DOS CRENTES

Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
(1 Ts 4:16 RA)

...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
(1 Co 15:52 RA)

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
(Jo 6:38-40 RA)

Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
(Jo 6:44 RA)

Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
(Jo 6:54 RA)

Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia.
(Jo 11:24 RC)

O JULGAMENTO DOS INCRÉDULOS NO ÚLTIMO DIA

Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
(Jo 5:28-29 RA)

Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia.
(Jo 12:48 RC)

...porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
(At 17:31 RA)

Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus, o qual recompensará cada um segundo as suas obras, a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção; mas indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade.
(Rm 2:5-8 RC)

E, de acordo com o evangelho que eu anuncio, assim será naquele dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os pensamentos secretos de todas as pessoas.
(Rm 2:16 NTLH)

... e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia;
(Judas 6 RC)

Os ninivitas ressurgirão no Juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas. A Rainha do Sul se levantará no Dia do Juízo com esta geração e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é mais do que Salomão.
(Mt 12:41-42 RC)

Foi Enoque, da sétima geração a partir de Adão, quem há muito tempo profetizou isto a respeito deles: “Olhem! O Senhor virá com muitos milhares dos seus anjos para julgar todos. Ele virá a fim de condenar todos os que não querem saber de Deus, por causa de todas as más ações que praticaram e por causa de todas as palavras terríveis que esses pecadores incrédulos disseram contra Deus!”
(Judas 14-15 NTLH)

Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.
(Mt 25:31-46 RA)

...e a vós que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo. Ele tomará vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus, os quais sofrerão a pena, a saber, a perdição eterna, sendo separados da face do Senhor e da glória do seu poder, quando ele vier para ser glorificado em seus santos e para se fazer admirável em todos os que creram (porque foi acreditado o testemunho que vos demos), naquele dia.
(2 Ts 1:7-10 TB)

Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino [...] Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.
(2 Tm 4:1,8 RA)

A DESTRUIÇÃO DO PECADO

E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
(Ap 20:15 RA)

A DERROTA FINAL E COMPLETA DE SATANÁS

E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
(Ap 20:10 RA)

A ANIQUILAÇÃO DA MORTE

Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.
(1 Co 15:22-26 RA)

E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
(1 Co 15:54-55 RA)

E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
(Ap 20:14 RC)

A DESTRUIÇÃO DA TERRA COM FOGO

A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.
(Rm 8:19-23 RA)

Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
(2 Pedro 3:10-12 RC)

OS NOVOS CÉUS E A NOVA TERRA

Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
(2 Pe 3:13 RA)

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.
(Ap 21:1-8 RA)

O ESTABELECIMENTO DO REINO ETERNO DE DEUS E DE CRISTO

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
(2 Pe 1:10-11 RA)

Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.
(1 Co 15:22-26 RA)

Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.
(Ap 22:1-5 RA)